A História estuda essencialmente o Homem (a mulher, as crianças, os idosos...). Tirando-se o Homem do estudo histórico, nada se sobra da História. Mas não é o Homem por si mesmo, mas sim o Homem como agente de transformações de suas realidades no Tempo.

O passado, para a História, deve ser apenas um veículo por onde transita buscando compreender este ser autêntico e complexo que é o ser Humano,  e não o objetivo maior de suas preocupações.

Digo sempre, sem medo de errar, que pensar historicamente faz os humanos diferentes dos animais, pois lembrar e não se comunicar (pois os animais também se comunicam entre si), ou pensar (pois cada animal tem seu grau de inteligência), é que nos separa dos animais, seres abençoados pelo eterno esquecimento, vivendo cada momento como se fosse único.

Os antigos gregos foram os primeiros a perceberem essa raridade entre todas as espécies e deste então os Humanos vêm escrevendo e reescrevendo sua História, e a reescrita da História faz-se sempre necessário, pois voltamos nosso olhar para o passado a partir de nossas realidades e ansiedades momentâneas, assim se antes o estudo histórico voltava-se mais para a política e os sistemas de governos, guerras e atos militares, hoje ele se volta mais para a cultura, para formação social e também para a política, porém de uma forma diferente. São as transformações nas realidades e preocupações humanas.

Posso afirmar assim, que a História (como ciência), não está pronta e nem é congelada, mas que está em constante construção e pulsa firme e quente nas artérias de nossa sociedade, em constante construção – demolição -reconstrução. Ela segue a cisma de busca compreender os porquês de como chegamos a nossos presentes e atuais realidades.

Mas a História não reina absoluta nesta tentativa de compreender o Humano, ela é apenas mais uma janela, em que nos debruçamos em busca de uma fração de faísca de luz, que nos auxilie na compreensão de nosso EU/NÒS. Mas existem inúmeras outras janelas, que levam a compreensão de outras facetas Humanas.